Saiba lucrar no mercado de flores, como na novela

flores-novela-sangue-bomO mercado de flores inspirou os protagonistas da novela “Sangue Bom”, da Rede Globo. Na produção, Bento (Marco Pigossi) e Giane (Isabelle Drummond) são sócios da empresa de paisagismo Acácia Amarela.
Na novela, os dois formaram uma cooperativa de pequenos produtores para competir com os grandes. Segundo especialistas, esta é uma boa alternativa para os pequenos que querem ingressar neste mercado.
O setor vive um momento de alta. De acordo com dados do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura), em 2012, o segmento faturou R$ 4,5 bilhões, aumento de 18,4% em relação a 2011 (R$ 3,8 bilhões).
Martinus Jeuken, 72, é proprietário da Pronta Flora, em Holambra (a 133 km a noroeste de São Paulo). A empresa tem uma área de 5.000 metros quadrados e funciona como um supermercado de flores, conceito chamado de Garden Center.
“Aqui, o cliente escolhe a flor, o vaso, coloca no carrinho e paga no caixa”, afirma o empresário. Na loja também são comercializados acessórios, como ferramentas de jardinagem e adubos.
Jeuken diz que sua variedade de flores e plantas passa de 2.500 e inclui rosas, tulipas, lírios, gérberas, crisântemos e orquídeas –carro-chefe do negócio. O preço da muda varia de R$ 1 a R$ 120, dependendo do tipo.
O empresário não informou valores de investimento e faturamento, mas diz vender, aproximadamente, 40 mil mudas por mês. A maioria das vendas é para lojistas no atacado.
Empresário muda foco para vender plantas de jardim
A Jasmim Plantas Ornamentais, em São Sebastião do Caí (RS), nasceu como uma empresa de flores, mas mudou o foco para atuar apenas com plantas para decoração e jardins.
Segundo o gerente comercial do negócio, Mauro Schwertner, 50, a empresa notou que as plantas para paisagismo eram mais rentáveis do que as flores e o mercado era menos concorrido. Por isso, optou pela mudança no nicho de atuação.
“A maior parte das minhas vendas é para consultores, paisagistas e arquitetos que projetam jardins para condomínios e casas de luxo”, afirma. Por mês, a empresa fatura R$ 300 mil.
Quando abriu o negócio, em 1980, Schwertner diz que investiu cerca de R$ 50 mil na estrutura e no estoque inicial de flores e plantas.
Pequenos podem se unir para ganhar espaço
Para a coordenadora do núcleo de empreendedorismo da ESPM, Rose Mary Lopes, outra maneira de os pequenos produtores de flores se manterem no mercado é com a formação de cooperativas.
É o que faz o personagem Bento, de “Sangue Bom”. Ele e Giane são os responsáveis por recolher e vender as flores da cooperativa no Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). O lucro é repartido entre todos os cooperados.
No interior e demais Estados do país, também há feiras de flores nos Ceasas (Companhias de Abastecimento) regionais onde pequenos produtores podem vender seus produtos.
“Se os pequenos produtores não se unirem, dificilmente eles permanecerão no mercado ou farão frente aos grandes”, afirma a professora.
Lopes diz que entre as vantagens do cooperativismo estão: profissionalização da atividade, valorização do produto, acesso a novos mercados e aumento do poder de barganha com fornecedores.
“As compras e as vendas de todos os cooperados passam a ser unificadas, o que dá escala ao negócio e reduz custos”, declara.
Fonte: UOL (http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2013/09/24/saiba-lucrar-no-mercado-de-flores-como-bento-e-giane-de-sangue-bom.htm)

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