Empreendedores apostam no e-commerce para alavancar as vendas
Com pouco mais de 90 mil habitantes, a cidade de Caratinga, no interior de Minas Gerais, não fazia parte dos planos de negócios do empreendedor carioca Luiz Quinderé, de 25 anos. “Era um lugar totalmente desconhecido para mim”, conta o proprietário do Brownie do Luiz, empresa carioca com faturamento de R$ 2 milhões no ano passado.
Um residente da cidade mineira pediu os brownies pelo e-commerce da marca e, alguns dias depois da entrega do produto, uma surpresa: várias outras encomendas vinham da mesma localidade. Os mineiros acabaram se tornando fã dos brownies feitos a centenas de quilômetros.
Sem o comércio eletrônico, histórias como essa não fariam parte da vida de muitos empreendedores brasileiros. E Luiz Quinderé sabe muito bem disso. “Com os nossos produtos chegando na casa dos nossos clientes em todos os cantos do Brasil, nós conseguimos atender pedidos de consumidores e fãs por todo o lado. Isso seria inviável se não tivéssemos esse canal de vendas”, explica o empresário.
Clientes em potencial por todo o país
O Brasil, segundo dados do Nielsen Ibope, é o quinto maior país em número de usuários de internet do mundo, com 103,4 milhões de pessoas (ou mais da metade da sua população) conectadas. Um número desse porte é apenas um dos motivos pelos quais mais empreendedores – e clientes – têm escolhido o e-commerce. Entre outros fatores estão a segurança nas operações de pagamento e a maior confiabilidade na entrega, além da abrangência territorial dos Correios, que entrega em todos os municípios brasileiros, o mercado atrai muitos empreendedores – e clientes.
Para André Ricardo Dias, diretor executivo da E-bit, empresa especializada no fornecimento de informações do setor, as vendas online se tornaram um grande aliado para quem quer ampliar o volume de clientes. “Isso porque o e-commerce consegue alcançar diversas regiões do país sem os custos de uma loja física”, diz o especialista.
Essa abrangência territorial agrada não apenas os empreendedores, mas também os próprios clientes. Quem mora em municípios ou regiões mais remotas e, consequentemente, com menor acesso a diversidade de produtos, não precisa se deslocar para as metrópoles em busca das novidades. Mesmo quem reside nos grandes centros comerciais pode preferir fazer aquisições online por conforto e/ou falta de tempo. Outro fator positivo é que o consumidor do e-commerce pode facilmente comparar preços em diversas empresas e encontrar o valor mais em conta para sua aquisição.
Os empreendedores de e-commerce que assinam o serviço de entrega dos Correios podem escolher desde serviços com preços mais baixos e prazos mais longos, como é o caso do PAC, até os produtos SEDEX, que oferecem entrega até no mesmo dia. Todos os serviços de encomenda possuem rastreamento, o que possibilita o acompanhamento pelo cliente. Tanto remetente quanto destinatário podem, inclusive, cadastrar o número de celular para receber informações de entrega de um determinado objeto.
Entregas do e-commerce brasileiro no exterior
Apesar do sucesso no mercado nacional, as vendas online não ficam restritas aos 8,5 milhões de km² do Brasil. Com duas lojas próprias, no Rio de Janeiro, e 100 pontos de venda pelo país, o Brownie do Luiz, por exemplo, já foi entregue até mesmo na Suíça.
A situação é mais rara para quem, como Quenderé, lida com produtos perecíveis. Porém, empreendedores que apostam em mercadorias com menor dificuldade logística também podem enxergar no envio internacional uma oportunidade de negócio, desde que comercializem artigos mais típicos ou com pouca presença no exterior.
Para quem quer apostar em remessas internacionais, os Correios oferecem serviços que simplificam a exportação e a importação de produtos. O Exporta Fácil, por exemplo, facilita o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado estrangeiro, com envio de mercadorias de até US$ 50 mil (por remessa) para mais de 215 países. Já o Importa Fácil é auxilia o recebimento de importações no país que não ultrapassem US$ 3 mil. Também é oferecida consultoria gratuita para serviços internacionais no intuito de esclarecer as dúvidas mais frequentes dos clientes ou empreendedores.
Com o acordo entre a companhia (responsável por 75% das encomendas internacionais que chegam ao Brasil) e o Alibaba Group para facilitar a importação e a exportação de produtos para a China, a expectativa é que as empresas brasileiras também passem a ter mais acesso ao mercado chinês, líder do ranking de países com maior número de usuários online. Quem sabe um dia os tais brownies chegarão até à China?
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Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios