Qual o impacto da comunicação na empresa?
Por Aguilar Pinheiro*
Como causar impactos produtivos? Antes de entrarmos no que fazer, torna-se necessário que respondamos a algumas questões:
O que é comunicação corporativa ou negocial?
Há diferenças entre a comunicação social e a profissional?
A comunicação corporativa exige mais da pessoa do que a do seu convívio social?
Numa empresa há três níveis distintos de circulação de informação:
1 – Identidade empresarial – diz respeito à marca, visão, missão e valores. Define a estratégia da empresa;
2 – Núcleo produtor – É a razão de ser da empresa, é ela em si. Diz respeito aos processos produtivos e operacionais e agrega ali os profissionais que colocam a mão na massa e envolve os diversos departamentos, com suas linguagens e microculturas, dentro da cultura estabelecida pela Visão, Missão, Valores e objetivos.
3 – Ambiente – Diz respeito ao contexto no qual a empresa está inserida, a comunidade, fornecedores e clientes.
Uma cultura é criada pelo conjunto dos fatores acima mencionados, mas quem define isso é a identidade empresarial. A partir dela devem fluir os paradigmas, as crenças e o norte para os objetivos, incluindo a comunicação, cuja função é criar o fluxo de influências que levarão aos objetivos.
Uma empresa é movida pela eficiência da sua comunicação. O mesmo se aplica a uma pessoa. Quanto mais eficiente for a comunicação em virtude de seu contexto e objetivos, mais forte será o seu impacto nos diversos níveis acima mencionados.
A comunicação é a maneira pela qual a empresa comunica, nos diversos sentidos, incluindo receber, processar e transmitir informações. Em tempos de mudanças contínuas, como os atuais, a comunicação é quase sinônimo de mudança, portanto, empresas com culturas engessadas ou com hierarquia verticalizada tendem a ter mais dificuldade para transformar seus processos de comunicação em processos competitivos. A comunicação não precisa somente de qualidade, mas sim desta, associada à velocidade..
Os orientais tendem a utilizar um sistema de comunicação denominado de raciocínio tangencial, no qual há excelência espiritual elevada e excelência negocial baixa. Os latinos utilizam, via de regra, o raciocínio recorrente, que mantém a excelência espiritual e negocial na média. Os anglo-saxões utilizam o raciocínio direto ao ponto, no qual a excelência negocial é alta em contraponto a uma baixa excelência espiritual.
Desde Darwin sabe-se que o meio exige do organismo flexibilidade adaptativa e adaptativa aqui representa a luta pela sobrevivência. Em se tratando de mundo corporativo significa lucratividade e ascensão mercadológica e de carreira. Assim, tomando como premissa o que vimos até aqui temos que mencionar a empatia como regra de ouro para juntar tudo e fazer da comunicação um diferencial competitivo.
Agora podemos responder às três perguntas do início deste artigo:
Comunicação é o meio que as pessoas utilizam para fazer com que as mensagens transitem de uma pessoa a outra, de forma tão eficaz a ponto de gerar uma ação coordenada na outra pessoa. Em se tratando de empresas isso também se aplica aos departamentos internos e a relação destes com fornecedores e clientes. Isto é a comunicação corporativa ou negocial.
Sim, a diferença entre a comunicação social e a profissional reside na dimensão dos impactos de ambas. Enquanto na vida social os impactos atingem apenas às pessoas na comunicação profissional as imagem da pessoa e da empresa estão envolvidas, sendo que ainda podem envolver cifras altíssimas e contratos altamente relevantes que uma falha de comunicação pode destruir..
Portanto, a comunicação profissional envolve a destreza do profissional para que este maneje bem a si mesmo, suas emoções, seu equilíbrio emocional, seus projetos pessoais e de carreira para utilizar a comunicação como ferramenta na boa condução de suas atividades..
Em síntese: o seu poder pessoal e profissional é diretamente proporcional à sua capacidade de se comunicar, de fazer a comunicação gerar resultados e alcançar objetivos.

* Consultor de empresas e coach, especialista em mudanças comportamentais, trainer em Programação Neurolinguística – PNL, certificado pelo IANLP (EUA), é Diretor de Aprendizagem da Asbrapa. Contato: http://www.linkedin.com/profile/view?id=101636632
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