Loja virtual aposta na moda country e cresce na crise
Em 2015, as lojas virtuais brasileiras ignoraram a crise e faturaram mais de R$ 41 bilhões, um crescimento de 15% em relação a 2014. Já o mercado country movimenta R$ 6 bilhões por ano. Um empresário de Campo Grande (MS) investiu num negócio que uniu o virtual ao country.
Em 2009, Oscar pegou R$ 350 mil emprestados e montou uma loja virtual para vender produtos da moda country. Quase todo o dinheiro foi para estoque: comprou botas de couro, grandes fivelas de cinto, camisas xadrez, bonés e chapéus. Seis meses depois, o empresário quase faliu, porque não vendeu nada. Ele procurou entender melhor o negócio para fazer ajustes e fez vários cursos do Sebrae: de liderança, gestão de pessoas, o Empretec, e recebeu, durante dois anos, a visita de especialistas da instituição.
No fim das contas, ele aprendeu lições valiosas para vender pela internet, como que é preciso fazer o mesmo planejamento de uma empresa normal. Também que é preciso ter na plataforma do site um funil de compras, onde o cliente vai passar para comprar o produto. Além disso, o site tem que ser simples e prático, pra facilitar ao máximo a vida do consumidor.
Hoje, a página de Oscar tem fotos ampliáveis e descrição de cada detalhe, para dar segurança a quem compra a distância. Ele investe R$ 60 mil todo mês em anúncios de sites de busca e redes sociais. E o empresário sabe que quem compra pela internet quer qualidade com preço baixo. O empresário aprendeu a negociar com os fornecedores e, hoje, 40% das peças que vende são produzidas em fábricas terceirizadas, a baixo custo. Antes de lançar cada produto, o empresário também pesquisa o gosto dos consumidores e renova metade do estoque todo ano. Oscar não revela o faturamento, mas diz que a loja virtual dele é uma das maiores do segmento. Ele vende dois mil produtos por mês e cresceu quase 40% em 2015.
A história bem-sucedida da loja virtual foi destaque no Pequenas Empresas Grandes Negócios, que foi ao ar no último domingo (12), na TV Globo.