O relacionamento digital entre marcas e consumidores
Por Fatima A. Bana*
A cada dia vemos que os consumidores adotaram completamente a tecnologia para todo tipo de interação, o consumidor busca ter um relacionamento maior com tudo que ele tem relação, isso faz com que as pessoas se falem muito mais, mesmo que não se ouça a voz. Isso faz com que o consumidor procure suas marcas preferidas no ambiente online, assim como procura seus amigos, colegas e pessoas que eles podem ter como referência em seu mercado de trabalho ou ainda para a vida.
Hoje nenhuma ação de marca pode ignorar o avanço digital, as agências estão se reinventando, algo que o trade já havia tomado como lugar comum desde sempre. Anteriormente era absurdo pensar em uma ação completa de marca que não levasse em consideração ações de trade marketing / ativação. Hoje, isso continua sendo importante, mas é tão absurdo quanto não pensar nas ações no ambiente digital.
Como defendo e repito nos últimos quatro anos, o consumidor está em todos os locais, cada vez mais ele pode estar na frente do seu promotor e olhando sua ação do twitter ao mesmo tempo, e pode interagir nessas duas esferas, então, o faça ter a mesma sensação, em caso contrário o sucesso não vai acontecer.
O relacionamento só é completo na cabeça do novo consumidor se ele está em constante informação.Nas pesquisas mais recentes podemos ver o consumidor falando das marcas como quem fala do vizinho, do amigo próximo, ele está íntimo com tudo que aparece na sua time line. Isso faz com que se repense todas as estratégias, elas precisam estar casadas e as marcas precisam ter a mesma sensação de intimidade com o seu consumidor. Isso para nós, como pessoa física, é natural, mas como pessoa jurídica, as marcas têm uma mudança de cultura e processos para conseguir levar isso de forma tão natural. Pois anteriormente usávamos cartas e pronomes como Vossa Senhoria para nos referir ao “cara” que nos curtiu hoje e nos chama pelo nome. Tudo isso faz com que a marca mude como instituição, ela precisa ser mais leve em processos que segurem essa velocidade.
O próximo passo é a Internet das coisas, será hora de pensar mais integrado ainda, com tudo conectado – marketing direto / ecommerce e tudo que for social vão ter que andar juntos, aparelhos totalmente conectados no lar fazem com que a venda seja ainda mais orgânica. Vamos sair da venda de produtos para uma venda muito mais conjunta, vamos pensar em vender combos multiserviços e produtos. Além do valor inestimável dessa troca de informações, tudo isso faz com que as empresas e marcas se preparem para serem mais inteligentes. As marcas, agências e tudo que envolve esse novo cenário tem que trabalhar muito para tornar essa relação cada vez melhor, isso vai trazer mais faturamento e muito mais trabalho também.
Boas vendas!
* Profissional com especialização em marketing digital e e-commerce. Atualmente CMO de rede de varejo, atuando como consultora executiva na implantação de e-commerce. Contato: http://www.linkedin.com/profile/view?id=163486125&trk=tab_pro