E-commerces concentram investimentos em acessos por celular
Pelo terceiro ano consecutivo como o site de compras mais lembrado pelos cariocas, a Americanas.com aposta na variedade dos produtos para atender à diversidade de consumidores que uma operação em todo o Brasil impõe. A companhia vende mais de um milhão de artigos, em 36 categorias, dos tradicionais eletrônicos a produtos da linha pet (uma escada para cães é um dos itens mais pedidos).
Para se manter na cabeça dos internautas, o foco tem sido cada vez mais aquilo que eles carregam no bolso: o celular. No segundo trimestre, os dispositivos móveis abocanharam 49% do tráfego nos sites da B2W — empresa que controla a Americanas.com e o Submarino, terceiro lugar deste ranking —, contra 31,9% um ano antes. O número de downloads dos aplicativos desses sites saltou 188% no primeiro semestre.
— O aumento das compras via aplicativos para dispositivos móveis é uma das principais transformações que poderão impactar o futuro — observa Marcio Cruz, diretor da Americanas.com, acrescentando que a empresa também oferece acesso ao site por meio de 900 quiosques instalados em filiais das Lojas Americanas pelo país.
A tecnologia também é o segredo do Mercado Livre. Esse foco contribuiu para sua progressiva ascensão junto aos consumidores nos últimos anos: em 2015, a marca aparecia na quinta posição entre as mais lembradas pelos cariocas; lá em 2012, na oitava. Segundo a companhia, dados da ComScore mostram que, atualmente, 42% dos internautas cariocas passam por sua página pelo menos uma vez ao mês.
— Somos uma empresa de tecnologia. Esse é nosso principal ativo e destino da maior parte do nosso investimento — afirma Leandro Soares, diretor de Marketplace do Mercado Livre, que está em 19 países da América Latina e em Portugal, mas que gera metade de suas receitas no Brasil.
Um dos pilares que se consolidaram junto aos usuários, afirma Soares, é o Mercado Pago. Hoje, todas as transações já se dão por meio desse sistema de verificação de pagamentos, dando segurança a negócios muitas vezes realizados entre totais desconhecidos. O outro pilar é o Mercado Envios, sistema que permite enviar e monitorar a entrega de mercadorias em todo o Brasil. O serviço surgiu em 2013 e hoje lida com mais de 70% das transações da empresa no mercado brasileiro.
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O Submarino acredita manter a relevância por meio de um posicionamento de marca atento às aspirações das gerações Y e Z, ressalta o diretor Thiago Barreira. A estratégia passa, é claro, pelas incontornáveis redes sociais. No Facebook, a página do Submarino já foi curtida por mais de 4,7 milhões de internautas. No Twitter, são mais de 510 mil seguidores.
— Nosso cliente é mais engajado, bem informado e conectado 24 horas por dia. Um público que exige mais rapidez no consumo de informação e produtos — diz Barreira, citando categorias de produtos dedicadas a esse consumidor, como cool stuff, que inclui de discos em vinil a hoverboards.
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios