Na ativa há sete meses, a Dress and Go é uma plataforma de comércio eletrônico que apostou em um foco ainda inexplorado no Brasil: o aluguel de vestidos de luxo pela web. A empresa foi criada pelas paulistanas Bárbara Diniz, 27, e Mariana Penazzo, 26. Elas investiram R$ 150 mil cada uma para tirar a ideia do papel e já chamaram a atenção de investidores. Neste mês, a Dress and Go recebeu um aporte de R$ 1 milhão do fundo A5 Internet Investments. Nos próximos três anos, a intenção do grupo é injetar R$ 15 milhões na startup.
Bárbara e Mariana fizeram faculdade juntas e se formaram em 2008 no Insper, que na época se chamava Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec). Depois de receberem o diploma, cada uma foi para uma área diferente: Bárbara foi trabalhar no mercado financeiro, enquanto Mariana abriu uma cupcakeria. Em 2012, as duas se juntaram e começaram a pensar na criação de um novo negócio – o problema é que elas ainda não sabiam o que fazer. Por isso, toda quarta-feira, as sócias começaram a se reunir e pensar em ideias para um empreendimento.
Em junho do ano passado, após dois meses de sessões de brainstorming, as duas descobriram um site dos Estados Unidos, chamado Rent The Runway (alugue a passarela), com um modelo de negócio semelhante à futura Dress and Go. “Juntando a isso o fato de que eu sempre comprei muito vestido e gastava muito dinheiro, ficou claro para nós que deveríamos apostar no aluguel de vestidos pela internet”, diz Bárbara.
Na hora de fazer o pedido, o cliente precisa dizer qual o melhor dia para o recebimento do vestido. Feito isso, a peça é enviada por sedex para o endereço informado. A Dress and Go recomenda que os clientes solicitem o recebimento do vestido com dois dias de antecedência, para que o produto chegue na hora certa, mesmo com algum imprevisto na entrega. Na hora da devolução, os clientes deven mandar a peça para a sede física da Dress and Go, em São Paulo.
Segundo Bárbara, a Dress and Go vem conquistando um público bastante amplo. “Atendemos pessoas de maior poder aquisitivo, que já compraram bastante vestido e viram que não compensa comprar algo que vai ser usado apenas uma vez. Por outro lado, alugamos para pessoas que não têm dinheiro para comprar a peça, mas que agora tem a chance de usar vestidos de estilistas famosos”, afirma ela.
Atualmente, a Dress and Go conta com 300 vestidos, feitos por marcas internacionais, como a Missoni, e nacionais, como Carlos Miele, Reinaldo Lourenço, Iodice, André Lima e Huis Clos. Além do preço do aluguel, o site mostra o valor original do vestido, para mostrar a economia trazida pelo uso da plataforma. Além dos vestidos, a Dress and Go tem uma seção de acessórios composta basicamente de bolsas.
O aporte da A5 vai ser usado para expandir o negócio, já que a pretensão da Dress and Go é chegar a mais de 1,5 mil vestidos em 2014. Outro objetivo é levar o serviço para todo o país – por enquanto, o aluguel pode ser feito por pessoas do Distrito Federal e de Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Uma parte do dinheiro também será investida em ações de marketing. “Vamos colocar anúncios no Google, em veículos de mídia online e firmar parcerias com blogs, para deixar a marca mais conhecida”, diz Bárbara.
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios