Alho Maiden e Dog Marley são sucesso de criatividade

A paixão pelo rock inspirou o músico e empresário Alexandre Santos, 37, na hora de batizar os pratos e sanduíches de sua lanchonete, a X-Maru, em Joaçaba (SC). No cardápio, fazem sucesso os lanches Kurt Cobacon, David Boi e Dog Marley, o prato Alho Maiden, entre outros. A empresa existe desde fevereiro de 2012 e quer virar franquia em dois anos.
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Os nomes homenageiam artistas e fazem alusão a um dos ingredientes do prato. O Kurt Cobacon custa R$ 13 e leva coração de frango, bacon, cebola roxa, pimentão vermelho e amarelo e molho shoyu. Já o Alho Maiden é um prato de macarrão ao alho e óleo que custa R$ 10.
O sanduíche David Boi tem alcatra, calabresa, amendoim, cenoura, couve-flor, brócolis, pimentão vermelho e amarelo, cebola e molho shoyu, ao preço de R$12,50. O Dog Marley é feito com salsicha, cebola, milho, catupiry, batata palha e orégano no pão francês e o preço é R$ 10.
Santos diz que está falando com uma consultoria para formatar a franquia do negócio. Ele também afirma que já foi procurado por empresários interessados em adquirir uma unidade. Segundo consultor ouvido pelo UOL, o ideal é que o empresário abra uma loja em uma cidade grande para avaliar o comportamento do mercado antes de buscar franqueados.
A X-Maru foi montada com investimento inicial de R$ 35 mil. O faturamento médio mensal é de R$ 20 mil, segundo Santos. O nome do estabelecimento também é um trocadilho, com o apelido de Santos, Chimaru (personagem de um desenho japonês).
A decoração segue a mesma proposta do cardápio. Nas paredes, há fotos dele com o grupo Deep Purple e de um show dos Mutantes. A lanchonete é pequena, com capacidade para apenas dez pessoas. “Um diferencial para a região é que ficamos abertos até 6h da manhã aos sábados e domingos e atendemos baladeiros na volta para casa.”
Empresário quer criar espaço cultural em lanchonete
Segundo Santos, por estar em uma cidade pequena, de 27,5 mil habitantes, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o crescimento da empresa fica limitado. Por isso, ele está formatando franquias para levar o negócio para outros lugares e a meta é que o projeto esteja pronto em dois anos.
“Meu sonho é desenvolver o conceito de lanchonete cultural, para unir gastronomia à cultura. Quero fazer intervenções culturais, como esquetes de teatro e comédia, música ao vivo, recital de poesias, deixar livros nas mesas”, declara.
Santos diz que criou todos os nomes de lanches e está em processo de registro de marca para garantir a exclusividade. Alguns até geram polêmica, como o Paul McCarne, sanduíche com alcatra, cebola, cogumelo, catupiry e batata palha no pão francês. Isso porque o ex-Beatle Paul McCartney é vegetariano.
“Já me disseram que ele não iria gostar se soubesse, mas é só uma homenagem”, afirma Santos.
Apostar em cidade pequena pode limitar faturamento
Segundo Diego Simioni, da Go Akira, consultoria de negócios e franquias, estar em uma cidade pequena limita o potencial de faturamento do negócio. Atuar num nicho, como faz a X-Maru, que aposta nos fãs de rock, é ainda mais arriscado em cidades menores, pois pode não haver público suficiente.
Por outro lado, ele diz que os custos de aluguel e condomínio e até de mão de obra são menores do que em grandes cidades. “Nas capitais, os custos de ocupação representam cerca de 15% do faturamento. Em cidades menores, até 7%. O empresário precisa avaliar o negócio com cuidado, pois pode faturar menos em uma cidade menor, mas ter mais rentabilidade.”
Apesar de já existirem restaurantes que fazem a relação entre hambúrgueres e rock e também muitas franquias de lanchonete, Simioni diz que ainda há espaço para novas redes, desde que elas ofereçam algo diferente do que há no mercado.
“Alimentação é o segundo setor que mais fatura entre franquias, perdendo apenas para serviços. A ideia de unir gastronomia à espaço cultural é boa, pois segue a tendência de oferecer uma experiência ao cliente. Quando a pessoa se sente bem num lugar, ela tende a gastar mais”, afirma.
Entretanto, Simioni diz que, antes de comercializar as franquias, o ideal é que seja aberta pelo menos uma loja própria em uma cidade grande para testar o modelo. Dessa forma, será possível avaliar o comportamento do mercado e estruturar melhor o negócio para ver se a lanchonete, que atualmente funciona em um espaço pequeno, pode ser ampliada para atender mais clientes.
Fonte: UOL

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